Descolonização:
processo de involução do imperialismo europeu. O termo aplica-se, sobretudo, ao
período subsequente à Segunda Guerra Mundial, altura em que, num curto espaço
de tempo, se tornaram independentes as colónias da Ásia e da África.
Guerra Fria: num
sentido amplo, a expressão designa o clima de tensão e antagonismo entre o
bloco soviético e o bloco americano (1947-1985, aprox.). Numa aceção mais
restrita, a Guerra Fria corresponde à primeira fase desse mesmo afrontamento
(de 1947 a 1955, aprox.). São características salientes da Guerra Fria a
corrida aos armamentos, com particular relevância para o nuclear, a
proliferação de conflitos localizados e crises militares nas mais diversas
zonas do Mundo bem como uma visão simplista e extremada do bloco contrário.
Social-democracia:
corrente do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por Eduard
Bernstein, na II Internacional (1899). A social-democracia rejeita a via
revolucionária proposta por Marx, opondo-lhe a participação no jogo
democrático, como forma de atingir o poder, e a implementação de reformas
socializantes, como meio de melhorar as condições da vida das classes
trabalhadoras.
Democracia
cristã: corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja. A
democracia cristã pretende aplicar à vida política os princípios de justiça,
entreajuda e valorização da pessoa
humana que estiveram na base do cristianismo. Deste modo, embora de índole
conservadora, esta ideologia defende que a democracia não se limita à aplicação
das regras do sufrágio universal e da alternância política, mas tem por função
assegurar o bem-estar dos cidadãos.
Sociedade de
consumo: sociedade de abundância característica da segunda metade do século XX.
Identifica-se pelo consumo em massa de bens supérfluos, que passam a ser
encarados como essenciais à qualidade de vida. A sociedade de consumo é
também identificada com a sociedade do
desperdício, já que a vida útil dos bens é artificialmente reduzida pela vontade
da sua renovação.
Democracia
popular: designação atribuída aos regimes em que o Partido Comunista, afirmando
representar is interesses dos trabalhadores, se impõe como partido único,
controlando as instituições do Estado, a economia, a sociedade e a cultura.
Maoísmo: forma
particular de marxismo aplicada na China por Mao Tsé-Tung. O maoísmo defende a
viabilidade de uma revolução comunista liderada pelos camponeses, sem o
concurso do operariado. Segundo Mao, uma revolução profunda e autêntica implica
um processo longo durante o qual as mudanças revolucionárias devem emanar das
massas e nunca ser impostas pelas estruturas governativas.
Movimentos
nacionalistas: movimentos que visam a recuperação da identidade cultural e
nacional dos povos colonizados. Estes movimentos adquiriram rapidamente uma
dimensão política, exigindo a autodeterminação dos territórios coloniais e
constituindo-se nos partidos que lideraram, quer pela via negocial, quer pela
força das armas, o processo de autodeterminação dos novos países.
Terceiro Mundo:
conceito elaborado, em 1952, pelos economistas franceses A. Sauvy e G.
Balandier, para designar os países excluídos do desenvolvimento económico.
Geograficamente, o Terceiro Mundo estende-se pelo Sul do Globo, abrangendo a
América Latina, a África e a Ásia de Sul e Sudeste (com exceção do Japão).
Porém, nas últimas décadas, a emergência dos NPI (Novos Países
Industrializados) tem reconfigurado, de forma significativa, a área geográfica
do Terceiro Mundo.
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