Nova história é corrente historiográfica surgida nos anos 1970 e correspondente à terceira geração da chamada Escola dos Annales. O seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes, organizada pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França.
A nova história é sobretudo a história das mentalidades: trata-se de estabelecer uma história serial das formas de representação colectivas e das estruturas mentais das sociedades, cabendo à ao historiador a análise e interpretação racional dos dados. São analisados globalmente os fenómenos de longa duração, os grandes conjuntos coerentes na sua organização social e económica e articulados por um sistema de representações homogéneo. A nova história também recorre à antropologia histórica. Por sua definição abrangente do objecto da História, essa corrente também foi designada "História total", em contraste com as abordagens que privilegiam a política ou a "teoria do grande homem" de Carlyle e outros.
A nova história rejeita a composição da História como narrativa, valoriza os documentos oficiais como fonte básica e considera as motivações e intenções individuais como elementos explicativos para os eventos históricos, mantendo a velha crença na objectividade.
Sem comentários:
Enviar um comentário