Mercantilismo: Teoria económica enunciada nos séculos XVI,XVII e
XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na economia. O objetivo
dessa intervenção era o aumento da riqueza nacional, identificada com a
quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. São características do
mercantilismo as medidas de tipo protecionista e monopolista. O termo
mercantilismo designa, igualmente, as políticas económicas que, de acordo com
esta teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus no século
XVII e na primeira metade do século XVIII.
Balança Comercial: Termo que designa a relação entre o montante das
importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das
importações, a balança comercial é positiva, o que se identifica com a
prosperidade do país.
Proteccionismo: Política económica que impede a livre circulação de
mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos
alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida é permitir o
desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam mais
competitivas.
Manufactura: Num sentido lato, o termo designa as diferentes
atividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são
características das épocas pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às
grandes unidades transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para
além da concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao
uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria).
Companhia Monopolista: Associação económica geralmente de cariz
comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado
produto ou área de comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias
monopolistas, na sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais
poderosas foram as Companhias das Índias Orientais, as quais os estados
(Holanda, Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e
defesa no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países, negociando
tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de
comércio, detinham um grande poderio territorial e militar.
Capitalismo Comercial: Sistema económico caracterizado pela procura
do maior lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do
capital como motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade
Moderna (séculos XV a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e
não na indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram
desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas
atividades bancário e bolsista.
Exclusivo Comercial: Forma de exploração económica que reserva para
a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida
protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos
exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país
dominador.
Mercado Nacional: Diz-se da capacidade aquisitiva da procura
interna que, no caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida
por:-revolução demográfica;- abolição dos entraves à circulação de produtos;-
incrementos dos transportes;- crescimento urbano.
Comércio Triangular: Circuito de comércio atlântico que ligava os
continentes europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou
sobretudo nos séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de
mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para
as suas plantações e explorações mineiras.
Tráfico negreiro: Intenso comércio de escravos negros que canalizou
para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou
aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram
transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo
que uma parte significativa sucumbia durante a viagem.
Bolsa de valores: Instituição financeira em que se transacionam
bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações.
Revolução Industrial: Em sentido estrito, é um conjunto de
transformações técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda
metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da
América do Norte no decorrer do século XIX.
Considera-se, geralmente, que foi
a invenção da máquina a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à
indústria que provocaram a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura
passou-se à maquinofactura).
Em sentido lato, a revolução
industrial significa o conjunto de modificações estruturais profundas que se
estabeleceram na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no
período atrás referido.
Bandeirante: Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual,
a partir do século XVIII, ficaram conhecidas as expedições armadas que
percorriam o interior do Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras
prolongaram-se do século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo,
pelo que os bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de
São Paulo”.
A ação dos bandeirantes foi também da maior
importância para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras
do Brasil.