O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos primórdios do século XX, de indivíduos que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que na sua exteriorização, projectando na obra de arte uma reflexão individual e subjectiva. Ou seja, a obra de arte é reflexo directo do mundo interior do artista expressionista.
O expressionismo plasmou-se num grande número de campos: arquitectura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança, fotografia, etc. A sua primeira manifestação foi no terreno da pintura, ao mesmo tempo que o fauvismo francês, fato que tornaria ambos movimentos artísticos nos primeiros expoentes das chamadas "vanguardas históricas". Mais que um estilo com características próprias comuns foi um movimento heterogéneo, uma atitude e uma forma de entender a arte que aglutinou diversos artistas de tendências variadas e diferente formação e nível intelectual.O expressionismo costuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjectivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objectiva da realidade.
Pintor:
Edvard Munch (12 de Dezembro de 1863 — 23 de Janeiro de 1944) foi um pintor norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão. Edvard Munch frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e bjornson marcou o seu percurso inicial. A arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em O Dia Seguinte e Puberdade de 1886. Aos trinta anos ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos. O Grito é uma das peças da série intitulada The Frieze of Life [O Friso da Vida]. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus quadros.
Obra:
O Grito, obra exprecionista (Edvard Munch, Galeria Nacional, Oslo, 1893) .